Desci do ônibus de olho no relógio e descobri que chegaria cedo do trabalho. Satisfeita, levantei o rosto e arregalei os olhos ao ver o formigueiro de pessoas na entrada do metrô. P-R-O-B-L-E-M-A-S!
Desviando aqui e ali consegui descer as escadas na esperança de descobrir o que houve. Levando-se em consideração que o percurso que me separa do trabalho chega à marca de 45km, precisava decidir se chegaria ou não. A cena seguinte foi chocante. Não havia espaço... Uma infinidade de pessoas totalmente mudas. O silêncio era absoluto! Por poucos minutos, claro...
Logo um louco colocou-se a falar. Seu nome, Clovis Ferreira. Ele fez questão de se apresentar! rs Sua ladainha despertou conversas e risadas. As teorias começaram a se espalhar entre a multidão.
"O que houve?"
"A Sé explodiu..."
"Hã?"
"É... Um vagão pegou fogo na Sé."
"Não... Foi suicídio."
"Foi uma bomba, com certeza, to falando..."
"Tá tudo bloqueado e ninguém sabe nada, ou seja, é pior do que estão falando..."
...Silêncio...
Eu? Rindo, né?
"Vai funcionar?"
"Tem que funcionar! Tenho que trabalhar."
Alguém no meio do povo:
"Mas... e se pegar fogo de novo?"
Essa pergunta aí ignoraram... rs
Impressionante a imaginação humana e suas "certezas" absurdas. Todo mundo SABIA de tudo! Inclusive de que não ligava pra incêndio algum, só queriam chegar no trabalho. Leram tantos os painéis que afirmam que o metrô é o melhor amigo de São Paulo que acreditaram e nenhum medo de morrer abala isso! E como não acreditar, se em poucas horas sem os trens fazendo seu trabalho direitinho, a cidade travou? Pena que o 'amigo' estava afim de bagunça hoje! rs
A parte de pensar que chegaria no horário rendeu horas de atraso. Quem foi que disse que dá pra planejar alguma coisa por aqui??? rs
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