Ana... na real!: Confesso: mereço as broncas!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Confesso: mereço as broncas!

Me impressiono com a quantidade de vezes que levo broncas dos meus amigos! Juro. É de cair o queixo! Cada vez é de um, em uma situação diferente, mas nos últimos anos sempre sobre o mesmo erro: AUTO BOICOTE. Até topei com alguns artigos de revista e livros sobre o assunto. Deve ser um sinal...

Há um ano atrás, recebi um choque no meio de uma conversa pesada no café da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Paulista: "Ana, pára de se boicotar!". Quase cai da cadeira. Parecia um tijolo caindo sobre mim. Não consegui falar mais nada. O papo acabou minutos depois. Fui para casa sem rumo até que as idéias foram se encaixando.

Hoje a bronca foi idêntica, mas me encontrou mais preparada e ciente das falhas na minha atitude emocional.

Se alguém que conviveu comigo em outra época lesse as próximas linhas, afirmaria que é apenas um conto trágico, não um desabafo real...

Desaprendi uma série de coisas... Criei barreiras. Montei cenários, figurinos e personagens. Costumo dizer que "perdi a mão" para o que envolve meu coração. Ofusquei a transparência dos meus sentimentos. Não consigo me expor, dizer que gosto, demonstrar que quero mais, que quero me envolver, descobrir e ser descoberta, cuidar, até amar de novo.

Diferente do que acontece naturalmente no meu trato com os amigos, tornou-se difícil ser carinhosa, atenciosa, romântica. Parece uma muralha entre meu coração e a pessoa que o abala, e basta abalar para que a muralha apareça. Sinto intensamente, mas guardo pra mim...

A bronca de hoje foi essa: "Será que você não devia demonstrar o que sente? Que mal tem? Que risco corre?".

Minha resposta instintiva: "Quero tanto, mas não sei como fazer...". Incapaz de abrir meu coração, com medo.

A consciência do que está acontecendo aumenta minha 'auto'indignação. Quero encontrar a Ana que confia, que se entrega sem receio do dia de amanhã, sem medo de ser mal interpretada. Está aqui dentro escondida e a sufoco. Desejo despertá-la, mas não consigo sozinha.

Será mesmo que devo esperar que alguém ignore tudo e atravesse meus medos, minhas feridas, sem perguntar, só tomando conta??? ...Vivi algo parecido com isso e adorei a sensação... Adorei me sentir fora de mim, fora DE controle, fora DO controle.

E quem disse que eu tenho coragem de admitir?

...Mas não vai ficar assim! Prometo pra mim mesma!

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