Ana... na real!: agosto 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Rabiscos num bloco de notas...

A intenção era simples e óbvia: chegar e escrever sobre os pensamentos que me fizeram viva hoje. Foram estes que me sustentaram diante do caos, sem dúvida a melhor definição... Caos! Se uma ligação, que deveria ser meramente informativa, não tivesse se transformado numa verdadeira injeção de ânimo e inspiração, teria sucumbido.

O choque que me impede de refletir com coerência e escrever é esta imagem no espelho e meu estado físico... Cansada e dando sinais de stress, mal cuidada, com olheiras e dores...

Onde está meu coração? Está mesmo onde está meu tempo? Aonde penso que estou indo? Sei ainda onde quero chegar? É essa loucura que me levara até minha meta? ...

Parei numa página do livro "O que realmente importa?" onde uma interrogação instalou-se em mim. Ela me acusa de esquecer coisas que foram essenciais e hoje estão escondidas. Continuarei a leitura apenas quando responder quais foram as coisas que deixei pra trás por correr sem sentido pela vida... afogando meu potencial e meus planos instranferíveis... os meus planos, meus.

Agora as idéias permanecem aqui... rondando minha mente... mas são ainda "rabiscos" num bloco de notas qualquer. A maturação virá e publicarei na hora certa. Como dito entre os mil conceitos fabulosos do papo ao telefone, certamente há uma razão para que escreva, mesmo que no minuto seguinte encare como devaneio, e desta vez respeitarei ainda mais minhas palavras, como aprendi com Clarice Lispector e relembrei com meu caro amigo inspirador, Peter.

Está aqui... no bloco de notas...

sábado, 29 de agosto de 2009

O que realmente importa?

Quando decidi voltar a escrever fui motivada por uma mudança interna, o romper de uma nova fase e tudo está latente em mim. Aprendo comigo mesma e com a vida, aproveitado as oportunidades, experimentando o que realmente é importante, o que eu quero e preciso.

Se eu pudesse, engarrafaria a sensação de aconchego que vivi ontem à noite...
Essa é uma das coisas que quero...

Não estou falando de momentos de desejo ou atração ou qualquer coisa do tipo... Falo de olho no olho, sinceridade, transparência; falo de cumplicidade e proximidade, não somente física como emocional. Tento descrever pele, cheiro, naturalidade. É impossível explicar um toque de carinho, um olhar sem simulação, um sorriso espontaneo, uma conversa direta, com objetivo, com significado. Se fosse possível, escreveria até um livro para que todos soubesse o quanto vale a pena um momento desses... bem mais o que qualquer cena de cinema, qualquer jantar, qualquer fantasia do lado do "cara dos seus sonhos" que, geralmente, combinaria bem mais com os seus pesadelos. Nada vale mais do que alguém que te acrescente... que te dê a mão para aprender sobre a vida, aceitando que todos tem problemas, medos, desafios... e sonhos, às vezes engavetados. Isso é respeito.

É positivo reconhecer os erros e reformular atitudes, principalmente, quando se tem dignidade suficiente para admitir a falha e a fraqueza. Muito mais complexo é fazer isso para a pessoa que se teve medo de magoar. Isso é coragem.

Observar as pessoas e admirá-las pelo que são... Respeitar a individualidade e os sentimentos dos outros quando a maioria se preocupa apenas consigo mesma. Por que hoje não vivemos mais tantos momentos dessa forma? Quanto se perde com dias sem reflexão, sem profundidade!

Admirar um homem pelo que de fato demonstra em suas atitudes chega a ser um sonho... E me fascina ver nos olhos de alguém inúmeros motivos para admiração! E não me baseio em palavras, em promessas, me baseio na realidade, na atitude de homem, na sensibilidade de quem sente... pensa... escolhe... age. Admiro um homem que seja capaz de agir diferente do que esperam dele, simplesmente porque é o correto.

Se estou envolvida? Não... Estou encantada!

Encantada com liberdade de sentimento, sem medo, sem projeções, sem dependências. Estou admirada e feliz por ter um motivo real de acreditar em pessoas íntegras. Elas existem! Tenho vontade de gritar isso para que todos ouçam: PESSOAS ÍNTEGRAS AINDA EXISTEM!!!

Estou encantada por um homem que não é "aquele" falso retrato da felicidade formatada... É o retrato do homem comum, real, com quem quero viver o restante da vida... É o tipo de homem que gostaria que testemunhasse a minha história... A quem dedicaria amor e investiria o coração e a razão...

Esse "retrato" fica mais claro a cada dia que passa... Antes via através de um espelho fosco... Agora não! Tudo fica nítido... E o mais fascinante é que é através dos olhos dele que tenho conseguido me enxergar, me lembrar quem sou, resgatar a Ana que enterrei aqui dentro anos e anos...

Isso que realmente importa para mim! Se a vida me conceder a benção de seguir minha vida ao lado de um homem assim será nessa rocha, de admiração e contemplação do humano, que vou construir meus castelos... Não na areia, como antes.

Idéias... muitas...

Nesta semana os temas para o blog brotavam na mente, dia e noite, e não tive nem tempo de anotá-los em algum papelzinho qualquer, tamanha a loucura que se passou... Espero resgatar algumas das idéias hoje e amanhã... Começarei por ontem, sexta-feira... é o que realmente importa para mim...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Não é bom que o homem esteja só..."

Ouço esta frase desde criança e acreditei nela... Hoje, depois de anos sozinha, fico pensando na razão de ser tão verdadeira...

A solidão possui inúmeras maneiras de nos machucar, mas pior é a falta de cumplicidade, de companheirismo, de apoio. Os amigos não esgotam suas formas de suprir essa lacuna, porém, nada substitui a presença de um companheiro de vida.

Construir uma história de sucesso é sempre um desafio e é mais difícil sozinha... sem alguém pra me ouvir, pra me ajudar a ver as coisas por outro ângulo, alguém até para me aconselhar diante de tudo que sabe sobre mim e sobre a minha história. Sinto muita falta disso.

Tenho muitas decisões complexas para tomar, algumas que mudariam tudo, e queria alguém com quem compartilhar, alguém que me desse sustentação, que me segurasse a mão... Como não tenho, só buscando dentro de mim as respostas e torcer pra dar certo.

domingo, 16 de agosto de 2009

Famílias, na propaganda da Sadia.

Família

Os últimos quinze dias foram de tensão em casa. Palavras mal trocadas, sentimentos mal definidos. Três pessoas diferentes, com o mesmo sangue, sob o mesmo teto. Seria um aprendizado posivito e constante, se não fosse tão tumultuado. Três adultos com pontos de vista totalmente diferentes diante da vida.

Passei a vida tentando entender o que acontece aqui e não consigo. Meu jeito de pensar é muito diferente, muito alheio ao que os demais consideram importante, como dinheiro, status, poder, preferências e vantagens. Ser a mais flexível nas discussões, tentar amenizar os problemas, não facilita a convivência porque acabo sendo o pivô dos problemas. Buscar as respostas e provocar o raciocínio só tem me machucado mais. Descubro sempre algo que não aceitam em mim, mesmo quando o assunto é outro, mesmo quando não estou diretamente envolvida numa briga. Meu perfil de jogar as cartas na mesa libera grosserias escondidas e sinto a nítida intensão de me culpar.

Falo, questiono, choro, peço perdão até pelo que não tenho culpa, achando que isso vai trazer harmonia para o ambiente e, neste final de semana, descobri que não trará. Será muito difícil pra mim ser indiferente, mas preciso aprender a ser assim, pelo menos até o mundo girar e as circunstâncias serem outras. Na atual configuração, suportar é a palavra de ordem. Vou suportar e me distanciar dos problemas, aprender de longe o que não quero para minha vida.

Amo minha mãe e meu irmão como amo minha vida, como amo a mim mesma, e me resta respeitar o fato de que não sabem expressar os sentimentos como eu. Me resta aceitar que sou única nessa história e agradecer a Deus por ter maior sensibilidade e visão emocional, por ter feito a minha parte e por conhecer a minha missão nesse mundo.

Tenho um sonho: Ter minha própria família... Poder construí-la ao lado de um homem a quem possa dedicar meu amor e em quem sinta amor e segurança. Construir uma história do começo... passo a passo... com cuidado de plantar sementes de valor e princípios. Sonho em ter uma família baseada no amor e no respeito. Criar um filho num ambiente que o acolha, que o faça ter certezas e compreender suas dúvidas, que o ensine como encarar as dificuldades e os desafios. Uma família preparada, madura nos sentimentos e alegre e leve como um o sorriso de uma criança. Quero muito ter a oportunidade de tentar isso... de buscar uma história assim. Não sei se esse sonho se tornará realidade algum dia, mas é meu desejo mais profundo...

sábado, 1 de agosto de 2009

Mudando?

O tempo que necessitava de baladas e festinhas sociais para me sentir feliz passou. Outra fase se instala. Nesta, sou a razão da minha vida, e, de alguma forma, começo a me bastar. Não é egocentrismo, é consciência de que a felicidade está dentro de mim e nas pequenas coisas da vida. Notando que nem sempre as grandes badalações são a melhor opção. Hoje, pra mim, não são nem opção.

Passa a ser agradável estar em casa, eu e minha mãe. Me sinto propensa até a passeios e viagens sozinha e voltar ao cinema, depois de tanto tempo, para assistir um filme que queira muito mesmo sem ter companhia. Minha paixão por ler e escrever tem novamente espaço nos meus finais de semana. O fascínio por prateleiras de livrarias e pela natureza, volta a ser motor de passeios, "solitários" mesmo, mas não tristes. Certa vez, me disseram que tudo muda quando estamos felizes com nós mesmos, quando não mantemos nossos sentimentos nas mãos de outras pessoas e sim nas nossas. Desejo que esta mudança interna seja resultado de aprendizado real, sólido.

Não estou assumindo isso como definitivo, muito ao contrário. Estou só notando que estar rodeada de pessoas não é tudo, que importante mesmo é estar com quem te traga mais do que alegrias momentaneas. E é isso que eu quero! E, se é isso que quero, as atitudes precisam mudar. Não se alcança objetivos diferentes fazendo sempre a mesma coisa. Não é?

Sei que também não é ficando em casa, num sábado à noite, que o homem da minha vida vai entrar pela porta, mas o dia que tiver que entrar na minha vida, entrará, onde quer que seja. Tenho muito amor aqui dentro de mim... Tanto que às vezes me entristeço de não ter para quem dedicá-lo, mas não posso ser negligente com os princípios que acredito serem importantes. Não estou falando de tabus ou regras pré-estabelecidas, e sim do respeito que tenho pelos sentimentos, meus e das pessoas amo.

Vou passar a noite aqui... Aconhegada ao meu edredon... Vendo um filme como gosto... Querendo sim companhia algum dia, mas de alguém que tenha por mim tanto amor quanto tenho aqui dentro... É o que mereço e é o que tenho para dar.