Entre as páginas do livro do Anderson, encontrei uma frase que substituiria o título O que realmente importa? com louvor: A vida não tem rascunho!
Sou fascinada por livros, autores e idéias. Sinto-me honrada quando posso unir o texto ao olhar de quem o escreveu! Com o Anderson foi assim... [Anderson Cavalcante, autor de livros sobre o valor da vida e sócio da Editora Gente]
Primeiro ele representava apenas um nome conhecido, um autor de livros que tinha a alegria de vender bem. Depois chegou sua fama pela sensação sincera e transparente do meu chefe. Em poucos dias, transformou-se em uma pessoa identificada por um endereço de email e logo estava lá na empresa nos presenteando com uma palestra baseada no seu livro O que realmente importa?. Na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, o reencontrei. Recebi um abraço carinhoso de alguém que nada tem de distante, de um autor interessado nas minhas impressões sobre seu livro, no resultado dele na minha vida, e não em receber elogios por sua forma de escrever. Ele não parece se interessar nada com isso. Confessei que é um livro difícil de terminar já que me proponho a ler, refletir e aplicar.
Agora é minha vez de escrever...
Esse livro tirou as "casquinhas das feridas". Deixou tudo aberto para análise. Marcou pela idéia de que a vida não tem rascunho. O caminho que escolhemos não é apagado por arrependimentos. O que sai de nossa boca nunca mais volta. As oportunidades não voltam ao mesmo ponto buscando o nosso momento, elas simplesmente aparecem e vão embora, independente da nossa atitude. As decisões se refletem no restante de nossa vida, e são diárias. Cada vez que o sol nasce é uma nova chance que não ignora o passado, mas nos dá o presente como limite. Hoje eu posso fazer uma escolha sincera pela minha felicidade, somente hoje.
Me vi fazendo o cronograma que ele propõe no livro, um balanço da minha história, com o objetivo de descobrir onde perdi o foco, em que ponto exato deixei os velhos sonhos de criança e quais eram eles. Engraçado como a gente esquece o que é importante... É lá traz que estão as missões de vida que deixamos escondidos nas gavetas da mente. Encontrei muitas das minhas nessa leitura de cabeceira.
Descobri que meu amor por escrever é mais antigo do que pensava... Lembrei que o lugar que mais amo no mundo não está há muitas horas de mim e nunca mais fui até lá... Que era de olhos fechados, sentada em uma pedra, recebendo a névoa da cachoeira em todo o meu corpo que me sentia mais perto de Deus... Que amo esportes radicais e ainda vou pular de paraquedas e conhecer a maior quantidade de lugares exóticos que puder! Ficou mais claro que sonho com um cantinho meu, decorado do meu jeito... Que desejo amar demais e viver ao lado de um homem que admire... Que meu maior sonho é ser mãe, mesmo que não for um filho do meu ventre... Que minha missão é ajudar as pessoas, é isso que quero fazer todos os dias, não importa como. Se não me dou, não sou eu. Não tenho muito a oferecer, mas o que tenho preciso utilizar para transmitir aos outros amor, alívio, conforto e paz.
Tenho meu trabalho, me orgulho dele. Amo o que faço porque lido com livros e com pessoas, mas tenho feito pouco porque o foco se perdeu na correria, na cobrança, na busca por sobrevivência e por um sucesso que não existe. Correndo atrás da vida, sendo que ela está aqui, nas minhas mãos, hoje.
Aprendi uma frase na infância: As flores deixam perfume nas mãos de quem as dá...
É o que sinto quando ajudo alguém, quando sei que disse o que precisavam ouvir, dei o carinho que precisavam sentir, fiz alguém se sentir amado e importante, ofereci a mão a quem não tinha mais esperança, fiz alguém sorrir com o coração e com a alma, mesmo que dentro das minhas limitações. Isso perfuma meu viver!
Há uns dias atrás, uma das minhas colegas de trabalho veio me parabenizar por ter compreendido e ajudado outra pessoa. Não aceitei os parabéns porque não acredito nisso. Devo agradecer apenas a Deus por me dar a oportunidade de fazer o bem. Só me engrandece o espírito e me traz felicidade. Faço sem esperar recompensa, mesmo porque esta já veio, já me inundou. Não preciso de mais.
Minha vida tem um propósito, uma missão, e essa leitura me fez organizá-la dentro de mim. Existem metas a cumprir. É um caminho e estou novamente alinhada.
Quero, com esse texto, agradecer ao Anderson por ter me feito lembrar do que é importante e por fazer isso de forma tão simples. Parabéns pelo sucesso de sua grandiosa missão, esta que poucos encaram! Obrigada.