Ana... na real!: Entre as prateleiras

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Entre as prateleiras

Essa semana fui até a Livraria Cultura, na minha avenida predileta - a Paulista. Minha missão era escolher, entre tantos maravilhosos itens, o que mais se parecia com um presente dado por uma amiga. Detalhe: a presenteada era eu mesma. Sim... um vale-presente!

Como trabalho com livros e sou até compulsiva por comprá-los, não poderia fazer essa opção. Não faria sentido. Também amo cinema, porém, da mesma forma, compro DVD's sempre. O que seria diferente para me presentear?

De repente... entre as prateleiras... um CD brilhou! Infelizmente, não compro CD's há muito tempo. Anos, diria. Acabou sendo mais prático fazer uso dos MP3's. Confesso que não sou muito à favor não, mas a comodidade me fez declinar. Mas ali... com um vale-presente nas mãos... a decisão foi tão racional quanto impulsiva. Em pouquíssimos segundos, já estava no caixa, levando pra casa um sonho... O Pulse, do Pink Floyd... Duplo... Todo meu! A sensação: PRAZER! Não um consumo qualquer, mas a certeza de estar levando o que mais me faria feliz ganhar de uma amiga tão querida. Além, é claro, da certeza que eu não compraria, provavelmente nunca, e agora era meu...!!!

Não pensem que sou materialista, consumista ou algo assim, muito ao contrário. Alguns diriam que sou extremamente comedida quando compro coisas para uso próprio. Mas gosto do significado das coisas... Sou apaixonada por ter coisas que remetem a momentos e pessoas importantes. O objeto se torna mágico.

Esse CD tem história... Suas músicas me levam ao período que acredita ser capaz de mudar o mundo, de fazer tudo do meu jeito e fazer dar certo, de tornar meu caminho tão fascinante que parecesse um dos filmes que amo assistir até hoje. Lembro de estar deitada, jogada em um sofá qualquer, na casa de um amigo de um amigo, ouvindo essas músicas e sentindo as idéias brotando na mente, devaneios com ares de planos bem traçados.

Ainda sonho... Ainda tenho os olhos no horizonte... Apenas mudou a visão, a construção do caminho até lá. É... pé no chão... Não como naquela época única, época das ousadias e das besteiras. rs

Gosto de ter coisas que significam mais do que parecem.

E querem saber? Lá na livraria existiam muitas outras pessoas como eu. Bastou demorar-me alguns minutos nas atitudes e olhos brilhando dos meus companheiros apaixonados por cultura para ter essa certeza e sair de lá com um sorriso imenso e uma felicidade sem explicação.

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